quarta-feira, 30 de maio de 2007

Fermata (ma non troppo)


foto by daniboy, flickr

Todo dia é a mesma coisa: tem gente que nem me dá um oi e já pergunta se finalmente postei algo novo. E não adianta explicar que o blog ainda está em fase de teste, que pretendo mexer no layout, não adianta. Então hoje eu desisti: vox filii, vox dei...

Não sei se é o frio ou é a febre. Talvez seja porque desenterrei uma poesia que já nasceu com endereço certo e eu nunca mandei entregar. Mas com certeza é porque me dei conta que tudo está sempre em fase de teste, e nem por isso a vida deixa de acontecer.

E assim também são as palavras, transitórias. Pois o que elas carregam, isso sim permanecerá.

Descortina
O erotismo é o interdito de tudo
É o vir a ser que nos segura a voz no instante
É um desejo de veludo
Incessante

De transparência em que se toca no olhar
De silêncio que transpassa os gemidos
Do vão entre o Aleph e o resto de Borges
Do quase toque de dois corpos exauridos

É poema que não vira letra quando finda o ato
É a fermata do corpo em arco

E um vento fraco a balançar a cortina
É o espaço-tempo de amar
em que pende mulher e menina



3 leitores extasiados...:

Anônimo disse...

É lógico que temos de cobrar! Senão você esquece da vida e não nos preenche com sua poderosa imaginação e know how de tudo, ou quase tudo.
grande beijo!
e nãaaaaaaaaaaaaaaaaao deixe de escrever.
Alex.

Anônimo disse...

E nada de texto novo rsrsrs

Vanessa Moiseieff disse...

Os textos são atemporais, não importa quando feitos, são eternos. Cria-se apenas no momento certo, enquanto isso vc faz algo novo, a interação, interligação da net. Vc cerca sua vida de arte, poesia, gente e vida. Nossa, gostei muito. Esse merece ter um endereço de concurso, onde o prêmio será um uno, mais do que publicitária e amiga, muito poeta querida.

Blog Action Day 2009

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