terça-feira, 29 de julho de 2008

Perousia




















by Hubble, galáxias Antennae


A segunda vinda
foi como se anunciava:
falsas promessas, nenhuma santidade,
pouca sabedoria, muita palavra

A segunda vinda
foi como eu temia:
reencontrei um conhecido
que não se reconhecia

Sem juízo, sem final
ficou tudo como antes
inconcluído
indefinido
inesgotado
igual

Uma obra
inacabada

Interrompida

por tempo em demasia
por falta de visão
por falta de coragem
por excesso de razão

Por falta do que não foi feito
vou seguindo a vida
esperando outra vinda
uma perousia a mais

Só não espero mais
presença
mesmo incerta
nem que você
saiba a diferença
entre amor e inércia

3 leitores extasiados...:

Espólio de Palavras disse...

Esperamos novas vindas, como gatos deitados no parapeito esperando por uma brisa, um raio de sol..
Adorei,
e com diria Cazuza...

"Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem"

Anônimo disse...

querida amiga
adorei!
vc expressou perfeitamente o que queria dizer... I know what you're talking about.
beijos,
nathalie

Poesia Cibernetica (Berg) disse...

Belo poemas Fabiana...Espaço inspirador.

Berg Nascimento

Blog Action Day 2009

Translate this blog


Widget UsuárioCompulsivo

Search this blog

Se você gostou desse blog, vote no prazer do texto: