sexta-feira, 28 de novembro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
Quero ouvir suas mãos me dizendo eu te amo
Quero ouvir suas mãos me dizendo eu te amo
não se espante comigo
eu sou assim
Quero ouvir suas mãos me dizendo eu te amo
quando eu sorrio e você olha pra mim
Quero ouví-las quando me toca
e como me toca bem
quero sentir elas dizendo
o quanto me quer também
Quero ouvir suas mãos afinadas
conversando com o violão
namorá-las atentamente
enquanto tecem uma nova canção
E quero ouvir suas mãos cantando
e espalhando por aí a toada
dos contos do seu coração
das cores da sua estrada
Quero ouvir suas mãos me contando
os seus sonhos,
os seus freios,
sua alma de ponta a ponta
quero ouví-las segredando
o que nem mesmo você
se dá conta
Das suas mãos eu quero ouvir tudo
nada precisam calar
nem um pensar mais escuro
ou um intento de desamar
Pouco importa o que elas digam
ou em que tempo
contanto que suas mãos me façam
ouvir você por dentro
Quando quiser me dizer eu te amo
e suas mãos estiverem cansadas
não tenha dúvidas nem pudores
Quando suas mãos não puderem falar
diga a elas que me mande flores
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Marcadores: amor, canção, comentário pode ser poesia, cordas do violão, dizer eu te amo, Fabiana Motroni, flores, mãos, música, poesia, violão
domingo, 14 de setembro de 2008
Poema da chuva
As linhas dos seus dedos
são partitura
tocam na minha pele
o mesmo som de tessitura
da chuva que cai lá fora
e que me molha também
Não durmo tão bem
agora
que confessamos que sono bom
é movido a passarinhos
e ao barulho da chuva que cai
Meu corpo não abandono mais
na cama
sem você e tudo mais que você ama
A chuva lá fora me lembra
tanto pra te contar
das noites sem dormir que tive
que por não dormir não sonhava
que podia te encontrar
para então dormir em paz
finalmente
e novamente sonhar
contigo
e ao seu lado
comigo
E você
que nem dormido direito tem
por motivo outro
me fala rouco
um dorme bem
Não há boa noite tão perfeito
quanto esse sorriso bonito
que dorme no rosto contigo
e aquece o meu peito
Por isso essa alegria
de te entregar num poema
o que a coragem pequena
me calou um outro dia
quando a parede cor de aurora
marcou sua pele e em mim
aquela pergunta doce
que só te respondo agora:
sou sim
Sou mulher nessa alma de menina
sou menina nesse corpo se quiser
e sou totalmente sua
e só sua
mulher
Encerro a minha escritura
que lá fora já nasce o dia:
sempre que dormir sem você
quero te acordar
com poesia
p.s.: Boletim extraordinário, meterológico e literário:
a chuva ainda cai lá fora
persistente
e molha a vida
insistente
e rega a flor desse amor por você
que me brota e me faz renascer
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Precisão
a longa estrada de ventania
Foi preciso uma noite
para que um dia sem você
não tivesse música
nem alegria
Foi preciso inspiração
para a primeira vez
saber que já era hora
Foi preciso sabedoria
para te ver e te querer
e deixá-lo ir embora
Pra ser feliz é preciso pouco,
de uns olhos verde mel,
dos seus cabelos sem gel
e seu sorriso
E para que no final
esses versos vertam em vida nova
o que hoje é só poesia
preciso de um violão
um canto no seu coração
e você, quando der, todo dia.
sábado, 9 de agosto de 2008
Nascente
pensei que o dia havia raiado
os passarinhos cantam na paulista
eles me cobrem como em conto de fadas,
durmo finalmente
só me acorde se for noite
Fruido por Fabiana Motroni às 06:24 2 leitores extasiados...
terça-feira, 29 de julho de 2008
Perousia
foi como se anunciava:
falsas promessas, nenhuma santidade,
pouca sabedoria, muita palavra
foi como eu temia:
reencontrei um conhecido
que não se reconhecia
ficou tudo como antes
inconcluído
indefinido
inesgotado
igual
inacabada
Interrompida
por tempo em demasia
por falta de visão
por falta de coragem
por excesso de razão
Por falta do que não foi feito
vou seguindo a vida
esperando outra vinda
uma perousia a mais
Só não espero mais
presença
mesmo incerta
nem que você
saiba a diferença
entre amor e inércia
Fruido por Fabiana Motroni às 20:56 3 leitores extasiados...
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Boreas
by John William Waterhouse
sinto esse vento
frio e forte
que vem de algum lugar em você
minha alma se refria
espirra e enche os olhos de água
meu coração quase pára
e pensa se quer bater
um vento azul
mercuriano
que entra ano, sai ano
me abre a janela do corpo
me invade e revolve assim
corre o chão com doze cavalos
o sente sem sequer tocá-lo
e quando brisa chega ao fim
meu amor tem uma só asa
a outra é minha e com ele guarda
num lugar ao norte de mim
Fruido por Fabiana Motroni às 01:58 1 leitores extasiados...
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
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